sugam as minhas ideias, evapora com os meus movimentos, estaciona a minha vida
Tenho sono e meus desejos ficam a marges e minhas angústias se apagam como lâmpadas que a um toque reacendem.
Tenho sono e os delírios navegam em meus sonhos e os sonhos tornam-se vida...morta, estática, dolorosa...
Mas um dia, este sono há de acabar e poderei sair desta imensidão estreita e submissa.
Que venha os passos, os barulhos, a agitação, o calor do sol, o suor e a brisa no rosto.
Que ecoe as vozes, estridentes, vorazes, carinhosas e imperativas
E sendo eu, gente vivente, de atitude coerente e presente possa desfrutar da arte da vida em movimento
A arte de viver cada etapa.
A arte de menear, pincelar e cultuar valores e gestos.
A arte de ACORDAR.
G.S.Borges, Salvador, 15 de março de 2014
Imagem: imprensa em foco.blogspot.com.br
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