domingo, 3 de junho de 2012

Greve dos professores da Bahia



Os dias 30 e 31 de Maio de 2012 ficaram conhecidos pelos professores da Bahia  como uma das expressões mais tenazes do orgulho e do egoísmo de um governo que esqueceu que era dos trabalhadores ou que devia ser dos trabalhadores.


Dias em que o Senhor de Engenho e os seus feitores tentam reduzir a miséria absoluta os professores da Bahia. São dias de corte de salário porque uma categoria decidiu reivindicar o cumprimento da Lei do Piso Nacional dos Professores. Não faltará, como não faltou no governo do PT o chicote, os instrumentos de tortura, a promessa para não ser cumprida, a mentira e o esforço para manter nas pessoas pouco esclarecidas a ignorância. 

Governam não para humanidade mas para si mesmo. São dias de corte de salário, são dias que decidirão o rumo de um movimento que tem por objetivo a justiça, a defesa da verdade e a moral. Mas os feitores e o Senhor de Engenho com um sorriso nos lábios alegam que a greve é ilegal, mas a moralidade é ilegal na política da "República" Federativa no Brasil, não faltam os exemplos de políticos que renunciam os seus cargos para não serem processados, mas que não devolvem para os cofres públicos o que roubaram e têm um medo terrível da palavas: "abertura de contas", "quebra de sigilo bancário". 

Os dias 30 e 31 de Maio e os seguintes serão realmente indispensáveis para a greve dos professores da Bahia. A luta entre os trabalhadores contra os feitores e o Senhor de Engenho. O Senhor de Engenho e os seus representantes tentam manter a todo custo a imagem de bom governo, mesmo tomando atitudes autoritárias, recorrendo até mesmo ao corte de salário para  garantir que a máscara deixe de cair. Já planejam o fim da greve, já discutem as reposições de aula, já planejam uma série de politicas para recuperar a boa imagem do governo da Bahia, querem se fazer de bons moços. 

Finalmente o que está em jogo? Todo mundo sabe: vagas de senador, vagas na prefeitura, a vaga do próximo governador. Tudo, menos o povo.
O mês de maio será fundamental para a greve dos professores, eis as razões:

1) Um governo que tenta a todo momento evitar a interferência de órgãos Superiores de Justiça, onde provavelmente não encontre os mesmos recursos para exercer sua interferência, talvez porque o chicote que tem não seja tão grande ou porque as disputas políticas o forcem a cumprir com acordo que assinou, que diz em outras palavras que reconhece que a Lei do Piso Nacional dos Professores ( Lei Federal) é superior a qualquer lei estadual. Para  garantir a vitória, o corte de salário do mês de abril e a ameaça do corte  de salário do mês maio. 

A possível interferência nas negociações do MEC ou  de pessoas que não tem como o Senhor de Engenho exercer tanta pressão o  desespera, a situação vai se tornando insustentável. A visão do parcelamento do reajuste dos professores do Piauí ( depois de mais de 60 dias de greve) o desespera, a perspectiva de um ano letivo comprometido, bem como (e com a maior importância) a proximidade das campanhas eleitorais de 2012. "É necessário acabar com a greve", "é necessário recuperar a minha imagem de bom moço", diz o feitor e o Senhor de Engenho reunidos. Eles afirmam "não negociarei, que a greve acabe mais cedo, pode comprometer a minha candidatura e dos nossos aliados políticos. É necessário recuperar nossa imagem de bom moço utilizando os diversos meios de comunicação".

2) Não é nenhuma surpresa para todos que um politico necessita de uma boa imagem na sociedade, principalmente no Brasil, onde a imagem geralmente não reflete nem um 1% da verdadeira natureza do polítco. A manuntenção da boa  imagem implica no apoio ou suposto apoio daqueles que gozam de um certa confiança no meio social.
 Quando um político se torna antipático pelas ações que toma, ele acaba perdendo o apoio politico. Aqueles que antes viviam de mãos dadas o abandonam para garantir um cargo público, principalmente no Brasil. O mês de maio pode representar o isolamento de um governo tirano, este isolamento se torna negativo para o Senhor de Engenho, é a diminuição dos meios de interferência.

3) Os professores da Bahia terão que demostrar para conquistar a vitória maior paciência que os algozes que os oprimem, pois estão envolvidos na guerra da verdadeira justiça contra a maldade, da mentira contra a verdade, da Lei Estadual contra a Lei Federal. Os professores atacam os interesses que os orgulhosos e egoístas tentam impor.
 A luta não será fácil, a vitória  não chegará sem sacrificios de um conforto no presente para gozar de maior  conforto no futuro. Será necessario enfrentar a tirania, a mentira, a hipocrisia e o corte de salário ( mesmo dois seguidos) para ver realizado a  conquista do ideal. Terão que ser mais pacientes com as medidas autoritárias  de um governo que só tem a palavra dos trabalhadores no nome. Terão que  suportar até mesmo a necessidade para cansar os algozes, forçar a  interferência de orgãos superiores a estadual de justiça e do MEC para  colocar um ponto final na situação.

 Os algozes já utilizam suas últimas armas, a pressão popular já é vista, a mentira está se revelando e o MEC  terá que mediar as negociações, já que o governo estadual demostra ser  incapaz de resolver ou amenizar os problemas da Bahia, a perspectiva de acontecer o pagamento parcelamento das reivindicações dos professores é alvo de extrema preocupação, o exemplo Piauí incomoda. 
Os professores terão que lembrar, não existe vitória sem luta ,nem vitória sem sacrificios, mas, toda vitória justificou qualquer sacrificio, Necessitarão lembrar que o sofrimento é passageiro, que a cada dia que passa de sacrifício significa que está mais próximo da felicidade, se e somente continuar na defesa da verdade, da justiça, da moralidade e do bem.

Realmente os dias seguintes aos dias 30 e 31 de maio serão fundamentais para a resolução do conflito da greve de professores na Bahia, não sei quando acaba, mas sei que "um segundo bem aproveitado evita séculos de sofrimento". Diante do autoritarismo, só existe uma vítima: A VERDADE.



Assinado: Autor desconhecido in 03/05/2012

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